tag:blogger.com,1999:blog-25264643474233725072024-03-19T00:21:20.376-03:00Blog do DirceuBlog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.comBlogger84125tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-61737022112660140602011-11-20T15:14:00.001-02:002011-11-20T15:18:32.347-02:00Os banhos ditos?<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porteira gonzando em hora de cristão recolhido. Hora desgraçada,
cuzarruim de bote. A lua minguante minguava migalhas de luz. Caltabiano saiu
afobado para avisar o povo de Ipurá que o Luizão havia enlouquecido, que estava
“inté arrancados os cabelo”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Galopeio, galopeio, galopeio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No caminho, a chuva inesperada. A escuridão, misturada com o caminho
pedregoso, fez com que a montaria hesitasse muitas vezes qual cavalo aguado,
que nada faz com que siga adiante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Duas léguas depois, Caltabiano chega às mangueiras da casa de siô
Gervásio. Mais alguns metros e ele estava lá dentro, contando a desgraça, em
volta do fogão de lenha, que aqueceu a dor. “Dor de bestar qualquer coração de
pedra”, lembrava-se intermitente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seguinte – murmurou Caltabiano metade assustado, metade
mensageiro: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Mal´acontecido se deu adiantante de Ipurá, cerca do chapadão. Num
trio de boi estriado no morro, a mula desembestou, besta-fera na grimpa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Velho Gervásio interrompeu, coração batendo cansado: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Mas, diga lá, home: o que feis a mula desembestá?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Talvezes carreira de preá, talvezes urutu sustada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O silêncio fez-se. Sepulcral.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os banhos ditos, por qual? Soturnidades, casmurrices, berneira que não
sara.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porteira gonzando em hora de cristão recolhido, hora desgraçada, hora
itê.</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-89967942597925242382011-10-21T15:26:00.000-02:002011-10-21T21:33:00.301-02:00Perder, ganhar, viver<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqElBd3Ul8teZBCIFXwmbj_9LrqxlsSosIoCNf416Ucbl7Yk5JCMJbqgzd3mxazUIj8EYHImoRjgSzcaGsHtESFgkBQtp3y2ocxUaxHR11sPEAhUSSQTi43zcPwVn6U7CPDjDC5lOOtOPw/s1600/Drummond.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqElBd3Ul8teZBCIFXwmbj_9LrqxlsSosIoCNf416Ucbl7Yk5JCMJbqgzd3mxazUIj8EYHImoRjgSzcaGsHtESFgkBQtp3y2ocxUaxHR11sPEAhUSSQTi43zcPwVn6U7CPDjDC5lOOtOPw/s320/Drummond.jpg" width="214" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No dia 5 de julho de 1982 o Brasil inteiro sofreu
com o “desastre de Sarriá”. A nossa melhor seleção deixava Copa da Espanha depois
de disputar – e perder – um dos mais emocionantes jogos da história. Para o
Brasil bastava empate contra uma Itália até então capenga. Mas, da caixinha de
surpresas do futebol, como num passe de mágica, saltou um certo Paolo Rossi.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No dia 21 de julho de 1982, Carlos Drummond de
Andrade brindou seus leitores do Jornal do Brasil com a crônica <b>Perder, ganhar, viver</b>. O Chico Caruso
fez a caricatura, que reproduzo aqui no blog. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lembrei-me desta crônica e falei entusiasticamente com
a amiga Elisabete que trabalha comigo sobre o seu conteúdo e a delícia que era
ler Drummond. Você conhece essa crônica, Bete? De quando é? Saiu no Jornal do
Brasil em 1982. Dirceu! Eu nasci em 1983. Huummmm. Disfarça, vira a página.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bete querida, corri à internet e achei a crônica e
a caricatura dos mestres.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o
final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos
verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis
que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças
festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa, pois seus
corações estavam programados para a alegria; vi o técnico incansável e teimoso
da Seleção xingado de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco,
enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o
último dos traidores da pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos
do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque
escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos, pela
mesma causa; vi o garotão mudar o gênero das palavras, acusando a mina de
pé-fria; vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como
torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal
e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do
partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso
para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma
perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de
tudo, inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de
bandeirinhas, flâmuIas e símbolos diversos do esperado e exigido título de
campeões do mundo pela quarta vez, e já agora destinados à ironia do lixo; vi a
tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios,
removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa, senti tanta coisa nas
almas...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Chego à conclusão de que a derrota, para a qual
nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos
previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória
estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. Se
uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias
traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados
pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder
implica remoção de detritos: começar de novo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Certamente, fizemos tudo para ganhar esta
caprichosa Copa do Mundo. Mas será suficiente fazer tudo, e exigir da sorte um
resultado infalível? Não é mais sensato atribuir ao acaso, ao imponderável, até
mesmo ao absurdo, um poder de transformação das coisas, capaz de anular os
cálculos mais científicos? Se a Seleção fosse à Espanha, terra de castelos
míticos, apenas para pegar o caneco e trazê-lo na mala, como propriedade
exclusiva e inalienável do Brasil, que mérito haveria nisso? Na realidade, nós
fomos lá pelo gosto do incerto, do difícil, da fantasia e do risco, e não para
recolher um objeto roubado. A verdade é que não voltamos de mãos vazias porque
não trouxemos a taça. Trouxemos alguma coisa boa e palpável, conquista do
espírito de competição. Suplantamos quatro seleções igualmente ambiciosas e
perdemos para a quinta. A Itália não tinha obrigação de perder para o nosso
gênio futebolístico. Em peleja de igual para igual, a sorte não nos contemplou.
Paciência, não vamos transformar em desastre nacional o que foi apenas uma
experiência, como tantas outras, da volubilidade das coisas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Perdendo, após o emocionalismo das lágrimas,
readquirimos ou adquirimos, na maioria das cabeças, o senso da moderação, do
real contraditório, mas rico de possibilidades, a verdadeira dimensão da vida.
Não somos invencíveis. Também não somos uns pobres diabos que jamais atingirão
a grandeza, este valor tão relativo, com tendência a evaporar-se. Eu gostaria
de passar a mão na cabeça de Telê Santana e de seus jogadores, reservas e
reservas de reservas, como Roberto Dinamite, o viajante não utilizado, e
dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o
gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o
Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte! A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas
o mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá
fora, o sol de nós todos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E agora, amigos torcedores, que tal a gente começar
a trabalhar, que o ano já está na segunda metade?</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-10531888036750549192011-10-10T18:12:00.003-03:002011-10-10T18:12:59.296-03:00ESTRAFEGO<br />
<div class="MsoPlainText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px;">É uma
vontade de entreter</span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">O palhaço
neste circo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">Que, já
na lona,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">Insiste
em ficar à tona. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<br /></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">É uma vontade
de correr<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">Cigano
neste circo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">E ser
picadeiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">E viver o
sonho derradeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<br /></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">Ah! ...
(uma contra vontade)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<br /></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">Um ligar
botões <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">E
preguiçosamente<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">Esparramar-me
na poltrona<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";">E ver o
circo pegar fogo.<o:p></o:p></span></div>
Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-57076800656974316932011-10-06T18:44:00.001-03:002011-10-07T12:06:37.455-03:00Oswald de Andrade: o culpado de tudo<div class="MsoNormal" style="text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSZA-TZNJqqxqp4LwuUGPyHKgOjwv6BWKcvfj_oJ69VBT10wQI6lLlt2b8MjgrwVy1978JvIi6D-1_QXFyCQPIb3fxuegHMNNmZ3Jc0WiMollvBkIHDYjRo9usOS9B7X5-RbOJTB9ZaXdi/s1600/Exposi%25C3%25A7%25C3%25A3o+Oswald+18_Dirceur+Rodrigues.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSZA-TZNJqqxqp4LwuUGPyHKgOjwv6BWKcvfj_oJ69VBT10wQI6lLlt2b8MjgrwVy1978JvIi6D-1_QXFyCQPIb3fxuegHMNNmZ3Jc0WiMollvBkIHDYjRo9usOS9B7X5-RbOJTB9ZaXdi/s320/Exposi%25C3%25A7%25C3%25A3o+Oswald+18_Dirceur+Rodrigues.JPG" width="320" /></a></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A nova exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa celebra a obra de Oswald de Andrade, um dos mais controversos escritores brasileiros. </span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A curadoria é de José Miguel Wisnik, com a curadoria-adjunta de Cacá Machado e Vadim Nikitin, e consultoria de Carlos Augusto Calil e Jorge Schwartz. O projeto expográfico é de Pedro Mendes da Rocha.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A frase “Direito de ser traduzido, reproduzido e deformado em todas as línguas”, escrita pelo escritor em 1933 no verso da folha de rosto da edição original de Serafim Po<i>nte Grande,</i> foi o ponto de partida dos idealizadores da exposição. Em <b>Oswald de Andrade: o culpado de tudo</b>, o público terá a oportunidade de conhecer profundamente o polêmico escritor, um dos criadores da Semana de Arte Moderna.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Wisnik conta que “o projeto teve por objetivo organizar uma exposição sobre Oswald de Andrade, reforçando seu papel decisivo para a formação da cultura contemporânea e destacando a consistência de sua obra, de maneira a que a sua atualidade esteja patente sem que se perca de vista a situação histórica em que ela foi gerada.”</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A exposição contempla três dimensões de leitura: poética, Histórico-biográfica e filosófica. Essas dimensões não devem ser entendidas como “partes” em que se divide a exposição, mas como níveis de manifestação da vida-e-obra que se articulam de maneira inseparável no processo expositivo.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Dimensão Poética:</b> Não se falará estritamente de poesia, mas da poética da forma, do envolvimento com a linguagem em todos os seus aspectos. Oswald é um escritor muito próximo das artes visuais, pioneiramente consciente das implicações técnicas trazidas pela reprodutibilidade da arte, dialogando com a fotografia, o cinema, o cartaz. A exposição terá como ponto de partida os princípios formais que ele mesmo traçou no Manifesto da Poesia Pau-Brasil: agilidade, síntese, equilíbrio geômetra, acabamento técnico, invenção e surpresa.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A condensação do pensamento em frases e boutades, a verve anedótica, a paródia, o fragmento, o design, o reclame, a espacialização das palavras na página, são, todos, procedimentos de economia verbal, altamente visualizáveis, de cuja agilidade dessacralizante a exposição não ficará a dever.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Dimensão Histórico-biográfica:</b> Poucos escritores têm, como Oswald, uma biografia que é também um diagrama de seu tempo. O jovem burguês viajante boêmio acompanhando in loco os movimentos da vanguarda europeia nos anos 10; o artífice do movimento modernista e agitador antropofágico, poeta e autor de narrativas experimentais na década de 20; o dilapidador de fortuna arruinado pela crise de 29, militante comunista editando O Homem do Povo, “casaca de ferro da Revolução Proletária”, escrevendo romance cíclico e teatro cáustico na década de 30; o intelectual em ruptura com a ortodoxia estalinista, retomando a vertente utópica do seu pensamento em textos de fôlego discursivo e filosofante, nos anos 40, e condenado ao ostracismo na fase final, até a morte em 1954, são figuras gritantes dos grandes temas ideológicos da primeira metade do século XX, indo da <i>belle époque</i> ao segundo pós-guerra.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Duplas criativas, formadas a cada momento entre Oswald e Mário, Oswald e Tarsila, Oswald e Blaise Cendrars, Oswald e Pagu, Oswald e Flavio de Carvalho, são significativas dos trânsitos culturais envolvidos, e são objeto de tratamento expositivo. Os espaços do hotel, do automóvel, da garçonnière, do navio, da ferrovia e da estação de trem, sempre em forte ligação com a cidade São Paulo, e redobrados pela própria inserção do Museu da Língua na Estação da Luz, têm um valor decisivo para a concepção espacial da exposição.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Dimensão Histórico-biográfica:</b> Oswald de Andrade é um pensador original da cultura contemporânea e da inserção original do Brasil nesse quadro. A exposição deve contrapor-se a toda e qualquer visão epidérmica desse pensamento, ressaltando o que há de rigoroso e radical nos seus critérios, mesmo quando sob a forma do epigrama, que Oswald leva a consequências inéditas. Sua influência marcante a partir dos anos 60, graças às intervenções fortes da poesia concreta, do Teatro Oficina e do movimento tropicalista, pode ser entendida também pelo que havia de antecipatório em suas ideias: questões como as do sentimento órfico contra o produtivismo prometeico encontram-se depois no Eros e civilização de Herbert Marcuse; a ideia da revolução sexual e da utopia do matriarcado se vê <st1:personname productid="em Wilheim Reich" w:st="on">em Wilheim Reich</st1:personname>; o primitivismo tecnológico pode ser reconhecido na “aldeia global” de McLuhan.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A exposição fica em cartaz até o final de janeiro de 2012. Espero vocês lá.</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-28126441536894708542011-10-03T16:04:00.000-03:002011-10-03T16:04:16.274-03:00Quer trocar seu carro por um passe vitalício?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz1LA_CtbS2V_FqwxTFgcX-nTPkP3f4KSgEprSIuddUvSKeQTTRapn4eL80P3MPlkUYELxbXj477H9K1eVwDtInSaPItuqvlOHKzyPQZzLtPvFXfNIaBGtDutRFh5HSUklHF2oDsh_e0on/s1600/Espanha+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz1LA_CtbS2V_FqwxTFgcX-nTPkP3f4KSgEprSIuddUvSKeQTTRapn4eL80P3MPlkUYELxbXj477H9K1eVwDtInSaPItuqvlOHKzyPQZzLtPvFXfNIaBGtDutRFh5HSUklHF2oDsh_e0on/s320/Espanha+02.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">... É só ir até a cidade de Múrcia, na Espanha. A prefeitura local adotou uma medida inusitada para incentivar seus cidadãos a adotarem o transporte público e, com isso, amenizar o caos no trânsito. Qualquer murciano que entregar seu carro quitado, novo ou velho, ganhará um bilhete de trem para o resto da vida.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O projeto foi batizado como Mejor en Tranvía e foi precedido por uma intensa campanha nas mídias sociais. Os primeiros carros trocados pela passagem vitalícia foram expostos em algumas ruas da cidade e, gradativamente, desmontados por mecânicos. Alguns veículos foram dispostos no centro da cidade com o propósito de chamar a atenção para a falta de estacionamento no local.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Múrcia tem apenas 380 mil habitantes. Assim fica fácil. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Imagina o Kassab implantando um projeto como esse aqui em São Paulo. Você trocaria seu carro por um bilhete único para toda a vida para os Trens da CPTM e Metrô? São Paulo tem cerca de 6 milhões de veículos. Se tirarmos os motoristas de dentro desses carros e os colocarmos no transporte público num final de tarde, imagina como é que vai ficar o metrô para a Zona Leste? </span><o:p></o:p></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-9243767568493584662011-10-02T19:03:00.000-03:002011-10-02T19:03:24.952-03:00O sequestro do Santa Maria<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCmVIlr6W94Nd-Bg4sKOc6_dL5VXqJMpvXFD6lI5sqGQf02IhL2evEW_RPcQk9smdcs3EfSX_B5NJDEUNq8p7nz3isYZp_6ek0wl-p21nZbpftBkxiPygC7NO9Jgtl5H7ayYJNz8ULdd6o/s1600/sequestrosanta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCmVIlr6W94Nd-Bg4sKOc6_dL5VXqJMpvXFD6lI5sqGQf02IhL2evEW_RPcQk9smdcs3EfSX_B5NJDEUNq8p7nz3isYZp_6ek0wl-p21nZbpftBkxiPygC7NO9Jgtl5H7ayYJNz8ULdd6o/s320/sequestrosanta.jpg" width="231" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px;">Na sexta liguei para o meu amigo Ludenbergue Góes.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">E aí, Góes? Quando será o lançamento de <i>O sequestro do Santa Maria – um sonho de liberdade</i>? Eu quero o seu autógrafo no livro... e também aproveitar a efeméride para encontrar um monte de amigos... e beber muito vinho!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Do outro lado, Góes soltou a frase que eu não queria ouvir: ah, Dirceu, eu não gosto deste negócio de noite autógrafos. Poxa, Góes, você tem mais é que fazer uma noite festiva para lançar o livro. Não gosto desse negócio – insistiu.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Bem, ao final do nosso papo ele se quedou: vou ver com a editora.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Góes querido, escrever um livro, conseguir uma editora e publicá-lo só tem graça se tiver noite de autógrafos. Faz parte. V</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px;">ocê não tem como fugir. Mas enquanto não rola essa noite, vou antecipar aqui a pérola que você lapidou: o sequestro do Santa Maria. Muita gente não deve a mínima noção que sequestro foi esse. Entonces, segue um introito para aguçar a curiosidade de quem quiser saber como essa história terminou:</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O sequestro do navio Santa Maria aconteceu na madrugada de 22 de janeiro de 1961. O transatlântico “Santa Maria” – um dos dois mais luxuosos navios de Portugal – navegava pelo mar do Caribe, levando a bordo mais de 600 passageiros de diversas nacionalidades e 350 tripulantes portugueses. O que deveria ser um alegre e tranquilo cruzeiro marítimo transformou-se numa epopeia que poderia ter mudado a história da península ibérica. Pelo menos era esse o objetivo dos sequestradores.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“A maior parte da tripulação e dos passageiros dormia. De repente, as duas portas da ponte se abrem ao mesmo tempo e dois grupos armados invadem a sala iluminada apenas pelos instrumentos de navegação, um a bombordo, outro a estibordo. Há um rápido tiroteio e, acesas as luzes, o terceiro piloto e o navegador estão caídos, gravemente feridos. Poucos minutos depois, o navio está nas mãos de um grupo formado por portugueses e espanhóis que pretendiam levá-lo, sigilosamente, para África e de lá iniciar um movimento para derrubar as ditaduras de António de Oliveira Salazar, em Portugal, e Francisco Franco, em Espanha.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Colocando os sentimentos humanitários acima dos objetivos políticos, para proporcionar assistência médica adequada aos feridos, os sequestradores alteraram a rota prevista, permitindo a sua localização e perseguição por navios e aviões de vários países.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“A epopeia veio a terminar no Brasil, com a entrega do navio, mas, durante 13 dias, o “Santa Maria” foi notícia nos jornais de quase todo o mundo e a “Operação Dulcinéia” atingiu um dos seus objetivos, chamando a atenção do mundo inteiro para a falta de liberdade em Portugal e Espanha.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Essa história poderia cair no esquecimento se o amigo Góes não se dispusesse a contá-la em todos os detalhes. Para saber como a história irá terminar, é só comprar o livro <i>O sequestro do Santa Maria – um sonho de liberdade</i> em alguma livraria ou esperar que o amigo ou sua editora (a Cia. dos Livros Editora) promova uma noite de lançamento para que a gente não só pegue o seu precioso autógrafo, mas, também, tome aquele vinhozinho e fique jogando conversa fora enquanto o amigo aguenta a fila que inevitavelmente se formará, mesmo contra a sua vontade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sucesso Góes!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-38460069658374381712011-09-19T14:55:00.001-03:002011-09-19T17:54:39.481-03:00Você já foi a Tuvalu, nega?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF4LG1u3ODaI_7R_cGnIqkg9qFjcKVoeF7j0fuzq4s7rPaWURt-LtNRFtMiTbgOsWCJwUUSnF8px62m1jmyiml3sMEywjyeZTEM7QUE9DSTf7N_llcSsq5FxqARY9Ethe4HADJheZCj_Jp/s1600/Tuvalu+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF4LG1u3ODaI_7R_cGnIqkg9qFjcKVoeF7j0fuzq4s7rPaWURt-LtNRFtMiTbgOsWCJwUUSnF8px62m1jmyiml3sMEywjyeZTEM7QUE9DSTf7N_llcSsq5FxqARY9Ethe4HADJheZCj_Jp/s320/Tuvalu+02.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eu quero ser adido cultural do Brasil em Tuvalu</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fica logo ali... do outro lado do mundo. Eu pesquisei na internet: Tuvalu é um Estado da Polinésia formado por um grupo de nove atóis, antigamente chamado Ilhas Ellice. Tem fronteiras marítimas com o Kiribati, a norte e a nordeste, com o território neozelandês de Tokelau, a leste, com Samoa, a sudeste, com o território francês de Wallis e Futuna a sul e com Fiji, também a sul, e fica estrategicamente localizado no sul da Oceania. A oeste o vizinho mais próximo é as Ilhas Salomão, mas a distância entre os dois grupos de ilhas é bastante grande (cerca de 900 quilômetros quadrados).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Oficialmente, Funafuti é a capital, mas este atol é formado por mais de 30 ilhas, das quais a maior é Fongafale; nesta ilha há quatro povoações, entre as quais Vaiaku é onde se encontra o governo; por essa razão, por vezes, a capital de Tuvalu é chamada Fongafale ou Vaiaku. 92% da população é tuvaluana, já 8% é formada por outros grupos polinésios principalmente os que veem de Kiribati. A divisão administrativa de Tuvalu é composta por nove ilhas. O nome "Tuvalu" significa "grupo de oito", na língua tuvaluana, e simboliza suas oito ilhas que atualmente são habitadas.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que falei deste paraíso perdido no Pacífico, ao sul da Oceania? Para relembrar um fato que passou meio batido de todo mundo. É que este belo país de 13 mil habitantes conta, desde 2010, com uma Embaixada Brasileira. Confiram o decreto no link <a href="http://bit.ly/d8GqoF">http://bit.ly/d8GqoF</a>. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Imagino os incríveis negócios que o nosso diplomata local irá fazer com os tuvaluanos. O forte da economia deles é a copra, a polpa seca do coco, e o pandano, uma planta comestível também usada em artesanato. Não vejo a hora desta última chegar ao Brasil para eu refogá-la ou fazer uma salada. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas afinal, o que é um pandano? Será que tem no Houaiss? Pera aí! Vou procurar...</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E não é que tem:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Pandano: </b>designação comum às árvores do gênero Pandanus, da família das pandanáceas, que reúne 700 spp., algumas marítimas, reófilas de áreas montanhosas ou epífitas, várias semelhantes a palmeiras, com raiz pivotante, tronco ger. ereto, folhas em roseta terminal, us. em obras trançadas e como coberturas de casas, e frutos fibrosos, comestíveis [Ocorrem em regiões tropicais da África, da Ásia (esp. Malásia), Austrália e Pacífico, e algumas tb. são cultivadas como ornamentais, para extração de tintura, para produção de perfumes etc.]</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah, uma palmeira! Viva o Verdão.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-28878375322201339912011-08-31T17:15:00.001-03:002011-08-31T18:36:34.645-03:00A preço de banana... em Nova York<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiana4RIBptL2G1gIEr7E9jVPQ5tWJG9mRpU2rjjLJo-4OyxaA0OglyZskKrMGzBAkqw675Y1KsZtu43ymiAoUJuIprn-KHJU_C25-0UjF95jIYJg7MOn9HZTKWtbQrufB_dv_3ulP4k_Hq/s1600/Bananas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiana4RIBptL2G1gIEr7E9jVPQ5tWJG9mRpU2rjjLJo-4OyxaA0OglyZskKrMGzBAkqw675Y1KsZtu43ymiAoUJuIprn-KHJU_C25-0UjF95jIYJg7MOn9HZTKWtbQrufB_dv_3ulP4k_Hq/s320/Bananas.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste final de semana vou pegar minha sacolinha e fazer a feira... em Manhattan. Descobri hoje no Radar Econômico do Estadão (<a href="http://bit.ly/oTnPse">http://bit.ly/oTnPse</a>) que o quilo da banana prata no Pão de açúcar custa R$ 5,00 e no Sonda, R$ 3,23. Já em Nova York, no D´Agostino, a mesma banana sai por R$ 3,48, e no Food Emporium pela bagatela de R$ 2,78.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como se diz bagatela em inglês? Bem, o mais próximo que cheguei foi <i>paltry amount of money.</i> O único produto da lista que custa mais caro lá (bem pouquinho, diga-se) é o abacate. No mais, como diz a matéria, está mais barato comprar manga, coco ralado, água de coco e mamão papaya em NY. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso, vou fazer a feira em Manhattan. E como estarei na Big Apple, vou aproveitar para ver <i>Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2</i>. Descobri recentemente que o preço do ingresso para ver o bruxo lá está em torno de R$15. Por aqui... na casa dos R$ 26/27.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah, para finalizar, é triste ver que, além das nossas frutas tropicais, também exportamos para os americanos a nossa velha e boa expressão <b>a preço de banana</b>. Agora, serão os gringos que poderão dizer <i>at a bargain price</i> or <i>at a bananas price? </i>I don´t believe. That news is the end of the picade.</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-73383941197432835702011-07-31T20:28:00.002-03:002011-07-31T21:01:40.642-03:00Cuidado com os gestos ab-ruptos<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCeABOj8p90VIMHqpymyMxCMUyuncd0WL0ebBUexMVayrICR8H9wOor-iO8Iz_DJj4sqPlYXsnuGzfFfcNZJJBW9nfiMI8X0gCS6MBnRznDD7ZTjq6FojCOe4l07cWW2obUg6BMvjZ35sI/s1600/Aur%25C3%25A9lio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCeABOj8p90VIMHqpymyMxCMUyuncd0WL0ebBUexMVayrICR8H9wOor-iO8Iz_DJj4sqPlYXsnuGzfFfcNZJJBW9nfiMI8X0gCS6MBnRznDD7ZTjq6FojCOe4l07cWW2obUg6BMvjZ35sI/s320/Aur%25C3%25A9lio.jpg" t$="true" width="320px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje, finalmente, instalei a 5ª Edição do Dicionário Aurélio no meu computador. O original, em papel, fica na estante para eu consultar no caso do apagão... Cada vez mais frequente na nossa São Paulo. Ao contrário dos puristas, prefiro pesquisar no computador. A consulta é mais rápida e quando vou à caça de uma palavra, acabo por descobrir novas e redescobrir tantas outras. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E são muitas as palavras. O acervo é de mais de cinco milhões de ocorrências, já computadas as cerca de três mil palavras mais frequentes na língua escrita contemporânea. A partir de agora, você pode tuitar à vontade sem medo de errar porque eu tuito, nós tuitamos e eles tuitam. Está lá no Aurélio, assim como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">flex</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">test drive</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ricardão</i>. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de instalado, num gesto abrupto, pus-me a navegar pelo Guia Rápido da Nova Ortografia. Embora eu tenha lido bastante sobre o assunto e até assistido a uma palestra do especialista professor Ataliba, parei mais uma vez na questão do hífen... Eta sinalzinho chato! Quase caí quando descobri que o adjetivo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">abrupto</b> agora tem que ser grafado <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ab-rupto, </b>porque a regra diz que usa-se o hífen quando os prefixos AB, OB, SOB e SUB aparecerem antes de B, H ou R.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os responsáveis pela reforma ortográfica capricharam no quesito hífen. No caso da regra <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">prefixo termina em vogal + vogal igual </b>– usa-se o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por vogal igual. Assim, antes grafávamos sem hífen as palavras antiinflamatório, arquiinimigo, microondas e microorganismo. Agora, elas se tornaram anti-inflamatório, arqui-inimigo, micro-ondas e micro-organismo.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ai que nó! E a regra para as palavras que perderam a noção de composição? Não se usa o hífen em palavras compostas: o manda-chuva de antes virou mandachuva e o pára-quedas, paraquedas. No caso deste último tem o agravante do para (antigo pára), que perdeu o acento quando flexionado na terceira pessoa do presente do indicativo. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, antes da reforma, a sentença <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O carro pára para o pedestre passar</i> ficou chata. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O carro para para o pedestre passar. </i>Como o meu Word ainda não está adaptado à nova ortografia, ele acabou de tentar me corrigir na segunda frase. Ele quer que eu acentue o primeiro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">para </i>ou elimine um deles. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mais alguns exemplos: autoajuda virou auto-ajuda e aquele velho e bom filme em superoito, super-oito. Mas eu me peguei mesmo foi com o ab-rupto. Em tempo, o dicionário eletrônico traz uma inovação que é a locução dos exemplos por uma moça de voz suave. Ela diz ABRUTO, como antigamente e não AB – RUPTO.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de muito navegar descobri que a equipe que atualizou a 5ª Edição do Dicionário Aurélio só se esqueceu de registrar o verbete <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aurélio</b>, porque este definitivamente é sinônimo de dicionário.</span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-5872962271045583042011-07-20T12:22:00.000-03:002011-07-20T12:22:46.193-03:00Jornalismo comparado<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Em quem acreditar?</span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acabo de ler os títulos da matéria sobre o julgamento de Cesar Cielo nos portais da UOL e Globo. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Título da UOL: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cielo encara quase seis horas de julgamento e deixa audiência</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em silêncio</b> <a href="http://bit.ly/piYCwg">http://bit.ly/piYCwg</a> <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Titulo da Globo: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Depois de quase seis horas, Cielo deixa julgamento do TAS sorrindo </b><a href="http://glo.bo/qHZwcQ">http://glo.bo/qHZwcQ</a> <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de comparar as duas manchetes, o que fazer? Calar ou gargalhar?</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-81066650111920039952011-07-18T22:45:00.000-03:002011-07-18T22:45:29.672-03:00Domingo de manhã em downtown<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-2eBjWtmh8R9pcR9hyphenhyphenG_bpZR6sfFEiczMy0_MIUYB4PRLGRy_pM2O6LJDdXpT1QhcMMl0cesQA91d2mpfKaxMCINqFfoSk8wRqiSdU6tf9eH2yY0oQYEAqnNyTkLjuoa2-XvAH2dUG6YG/s1600/Dowtown.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300px" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-2eBjWtmh8R9pcR9hyphenhyphenG_bpZR6sfFEiczMy0_MIUYB4PRLGRy_pM2O6LJDdXpT1QhcMMl0cesQA91d2mpfKaxMCINqFfoSk8wRqiSdU6tf9eH2yY0oQYEAqnNyTkLjuoa2-XvAH2dUG6YG/s400/Dowtown.jpg" width="400px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Madrugamos no domingo para cumprir um objetivo predeterminado: visitar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Mundo Mágico de Escher</i>, exposição que, depois de dois meses e pouco em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, cumpria seu último dia de visitação. </span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Só mesmo os dois espertos para deixar a empreitada para os 45 do segundo tempo. Engrossamos a fila às 9h20 e lá ficamos até 11h15... Quando desistimos. Naquelas duas horas na fila paquidérmica, nos revezávamos. Fui buscar café e pão de queijo e aproveitei para fotografar alguns prédios do centro velho. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar do mico, o astral estava incrível. No começo da XV de Novembro, uma produtora gravava um comercial com dezenas de figurantes. De repente, uma procissão de ciclistas surgiu do nada e cruzou o set. Quando perceberam as luzes e câmeras, passaram a gritar. Imagino o porre que deve ser para os produtores serem interrompidos a cada momento por curiosos que cruzam o set como se nada de extraordinário estivesse acontecendo por ali.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gostoso mesmo foi rever o centro velho – com exceção da fila – vazio e com as portas fechadas que realçam a beleza dos velhos edifícios. Embora eu tenha circulado naquele espaço durante os oito anos em que trabalhei na Boa Vista, descobri algumas fachadas que antes não haviam me chamado a atenção. Sobretudo, porque durante a semana, você caminha preocupado com a massa que circula naquelas calçadas e pode, vez ou outra, mudar o seu destino. Se você parar, é levado. Se bobear, pode ser assaltado. Então, a vista não consegue desviar para o alto, onde se escondem os tesouros arquitetônicos.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bem, como não conseguimos ver <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Mundo Mágico de Escher,</i> o que nos restou foi pegar o caminho de volta e decidir no caminho o cardápio do domingo. Vamos ao bacalhau com grão de bico e arroz soltinho e o tinto. A produção antecedeu o desastre, não menor que a frustração de não ter visto a exposição: às 4 da tarde tem Brasil x Paraguai. Agora vai desencantar, imaginei. Vamos meter pelo menos quatro nos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hermanos </i>paraguaios. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu disse quatro... Foram de fato quatro pênaltis pro mato... Que o jogo era de campeonato. Fosse o meu Verdão isso não aconteceria. Cleber & Cia. acertariam pelo menos uns dois, mas a Seleção dos tão aclamados Neymar e Ganso – que o Dunga não levou pra África do Sul – exageraram na arte de perder pênaltis. O baixinho twitou: seleção de M... Ele tem toda a razão, pois comandou brilhantemente a classificação para e a Copa dos EUA. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bem, passado o tsunami, liguei em Chile x Venezuela. Afinal, o verde Valdívia é um dos craques dos chilenos. Oh, deuses do futebol! O que vocês aprontaram. A Venezuela de Hugo Chavez despachou o Chile, como o Uruguai havia feito antes com a Argentina; o Peru com a Colômbia; e o Paraguai com o Brasil. A Venezuela foi a mais surpreendente, afinal em edições anteriores havia assinalado apenas dois gols e era, invariavelmente, o saco de pancadas de todas as seleções; os três pontos garantidos. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É isso aí, a Venezuela de Chavez e das misses está na semifinal. E agora, vou torcer para que ela leve o título. Seria surpreendente e a história do futebol teria de ser reescrita. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Terminei o meu domingão no Canal Brasil. Reprisaram o show maravilhoso que o João Bosco fez no Auditório do Ibirapuera em 2006, acompanhado por uma banda maravilhosa e com convidados para ninguém botar defeito: Yamandú Costa, Hamilton de Holanda e Djavan. O título do show? Obrigado, gente!</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-15075981851086212492011-07-04T22:17:00.000-03:002011-07-04T22:17:41.762-03:00Adeus, Mário Chamie<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi11r2dvOVCto91kXNH4KhpmUkVTlN_VAA6tpvvYX6HKpeaYR3GkYRm3ggDRKbNUO9Q6xwO5hoTiaqUKQRicBJpHB6GlmnFzxoIydnf76qhdOXl_va4uzshgkN_SHAut5n1yeCy11iMae59/s1600/M%25C3%25A1rio+Chamie.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268px" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi11r2dvOVCto91kXNH4KhpmUkVTlN_VAA6tpvvYX6HKpeaYR3GkYRm3ggDRKbNUO9Q6xwO5hoTiaqUKQRicBJpHB6GlmnFzxoIydnf76qhdOXl_va4uzshgkN_SHAut5n1yeCy11iMae59/s320/M%25C3%25A1rio+Chamie.jpg" width="320px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O meu café da manhã de hoje foi mais amargo. A rotina de ler o jornal vagarosamente trouxe aquela notícia que não gostamos de ler: <strong>Morre o poeta Mário Chamie</strong>, me contou a manchete.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Engoli a seco e minha memória me mandou correr à minha caixa de recordações para buscar o poema que Chamie emprestou para o espetáculo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Maçã de Eva</b>, montado por Clarisse Abujamra em 1999. Eu fiz a produção gráfica e o poeta me enviou a pérola <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Virgindade, crime de sangue</b> – que Clarisse dizia na peça – e que foi reproduzida por mim no catálogo do espetáculo. O poema chegou com a seguinte anotação do poeta:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Meu caro Dirceu Rodrigues: aí vai o meu poema <strong>Virgindade, crime de sangue</strong> completo. Bom espetáculo. Abraço Mário. São Paulo, 04/07/1999.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao rever a data, o susto foi maior. Enquanto lia o bilhete neste 4 de julho de 2011, o poeta Mário Chamie estava sendo velado no MIS doze anos após aquele bilhete.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bem, saudoso Mário Chamie. Aquele encontro foi o nosso único nesta vida e o bastante para que eu pudesse admirá-lo, como poeta e como ser humano. A minha homenagem póstuma é deixar aqui registrado o teu poema para quem não viu a peça ou não conhece esta pérola lapidada pela sua pena.</span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>VIRGINDADE, CRIME DE SANGUE</strong></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Miosótis neutro,</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>o antúrio</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>(clitóris teso)</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>floresce tarde</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>na haste </em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>do desejo.</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>O crime de sangue</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>denso</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>por virgindade</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>exposta cedo</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>é a arte do ódio velho</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>de quem na rede</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>o fruto colhe</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>em tempo de fruto verde.</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Fio vermelho,</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>quente é a vingança</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>do sangue alheio,</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>como quente é a serpente</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>de sangue</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>que o gozo da carne </em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>expande.</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Clitóris teso,</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>o antúrio</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>floresce tarde</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>na haste do desejo.</em></span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><strong>Mário Chamie</strong></em></span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-58013659298186252152011-06-23T12:11:00.001-03:002011-06-24T15:18:00.990-03:00Paixão e fé pelas ruas de toda cor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg47_dXdn5RKxDPiBbrDEjm_fgEDUAVaTHoywpGp81phrSppTbaW8-d-OgCxt7Bwrx4jVfK1dO8R1sYzDBRwlNppQFBTB2qw9tVwJ140GgFwbTtQfZUQcK9GjfnUDQw1YqTA5gVfvo2ENFh/s1600/Corpus+christi+03.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg47_dXdn5RKxDPiBbrDEjm_fgEDUAVaTHoywpGp81phrSppTbaW8-d-OgCxt7Bwrx4jVfK1dO8R1sYzDBRwlNppQFBTB2qw9tVwJ140GgFwbTtQfZUQcK9GjfnUDQw1YqTA5gVfvo2ENFh/s320/Corpus+christi+03.JPG" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao acordar hoje neste belo e ensolarado feriado de Corpus Christi, lembrei-me dos tempos de Aparecida. Enfeitar as ruas para a procissão era quase um concurso. Mobilizava todos os moradores do bairro e cada um queria fazer de sua rua a mais bonita para ganhar um troféu que não existia.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Começávamos a nos juntar no final das frias madrugadas de inverno. Sim, havia inverno naquele tempo. A ansiedade despertava todos nós. O primeiro passo – previamente combinado – era que cada um cuidasse de levar um ingrediente para a produção daquela arte coletiva: pó de café, flores, pedras, areia e – muito – pó de serra. Este último cabia a mim, posto que meu pai era marceneiro e produzia muito pó de serra em variados tons.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">À tarde lá vinha a procissão “se arrastando que nem cobra pelo chão” e, para minha tristeza, desmanchando a arte que todos nós nos esforçáramos para produzir. Mas o que fazer? Aquela arte era criada exatamente para aquele objetivo. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao me lembrar destas histórias nesta manhã, lembrei do Clube de Esquina 2, de Milton Nascimento. Uma das mais belas canções daquele álbum é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Paixão e Fé</i>, de Tavinho Moura e Fernando Brant. Busquei o vinil e deixei a agulha ferir os sulcos da minha memória. Repeti diversas vezes. Para quem quiser ouvir esta jóia, deixo o link e a letra primorosa destes mineiros que – como eu – devem ter enfeitado muitas ruas capistranas lá nas Minas Gerais.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://www.cifraclub.com.br/milton-nascimento/paixao-fe/">http://www.cifraclub.com.br/milton-nascimento/paixao-fe/</a> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Paixão e Fé (Tavinho Moura e Fernando Brant)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já bate o sino, bate na catedral</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o som penetra todos os portais</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A igreja está chamando seus fiéis</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para rezar por seu senhor</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para cantar a ressurreição</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E sai o povo pelas ruas a cobrir</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De areia e flores as pedras do chão</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas varandas vejo as moças e os lençóis</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto passa a procissão</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Louvando as coisas da fé</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Velejar, velejei</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No mar do Senhor</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lá eu vi a fé e a paixão</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lá eu vi a agonia da barca dos homens</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já bate o sino, bate no coração </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o povo põe de lado a sua dor</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pelas ruas capistranas de toda cor</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esquece a sua paixão</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para viver a do Senhor</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-42390435403577057602011-06-22T14:43:00.002-03:002011-06-22T14:49:46.554-03:00Antares é aqui<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr0tEDHFV4RxYTHDKUa3W7cZbNHKu59yJO3WRHqdtR3UTqa_PEaMx66bXPtanu4bhKLrWkhurEuN1a1MWWLinX1B3rsQwUiF3LqPQgnEqmz6bwhCkKPy1T_pV-Jiku5ZQa53_TgWN_qgql/s1600/Coveiros.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr0tEDHFV4RxYTHDKUa3W7cZbNHKu59yJO3WRHqdtR3UTqa_PEaMx66bXPtanu4bhKLrWkhurEuN1a1MWWLinX1B3rsQwUiF3LqPQgnEqmz6bwhCkKPy1T_pV-Jiku5ZQa53_TgWN_qgql/s320/Coveiros.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A foto que ilustra a capa da Folha de São Paulo da edição desta quarta-feira me reportou ao livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Incidente em Antares,</i> de Érico Veríssimo. Fiquei sabendo da greve ontem de manhã na CBN. O repórter da rádio falava direto do Cemitério de Vila Formosa e presenciou os grevistas dentro dos túmulos. Tentei imaginar a cena, que somente hoje vi no clic que o fotógrafo Moacyr Lopes Jr. fez para a Folha Press.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os motoristas do serviço funerário também aderiram à greve e, com isso, o serviço de transporte dos corpos de hospitais e IML para os velórios foi afetado. As famílias reclamavam que os corpos de parentes não estavam sendo transportados e, consequentemente, não conseguiam iniciar o velório. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto o acordo do sindicato da categoria com a Prefeitura não sai: os grevistas querem 39,79% e a prefeitura oferece 0,01%, os 1.366 servidores ativos prometeram suspender a greve nesta quarta-feira, porém a negociação continua. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao acompanhar esse movimento – justo – lembrei-me da greve deflagrada na sexta-feira 13 de dezembro de 1963 pelos coveiros de Antares – cidade fictícia em que se passa o último e genial romance de Érico Veríssimo: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Incidente em Antares.</i></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";">Num resumo rápido</span></b><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";">: naquela sexta-feira, 13, morrem sete pessoas na cidade: Quitéria Campolargo (a matriarca da cidade), Barcelona (um sapateiro anarquista), Cícero Branco (influente advogado), João Paz (jovem pacifista que foi impiedosamente torturado pela polícia) o genial Pudim de Cachaça (bêbado envenenado pela mulher) Menandro Olinda (pianista que se suicidou) e Erotildes (uma prostituta). </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como os coveiros impedem o sepultamento, os caixões são deixados do lado de fora do cemitério. À noite, os mortos acordam e ficam indignados por ainda estarem insepultos. Os defuntos fazem uma sinistra procissão até o coreto da cidade onde passam a vasculhar a intimidade de parentes e amigos. Como já estão mesmo mortos, podem dizer o que quiserem sem temer represálias.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bem, em Antares havia somente um cemitério. Em São Paulo, 22. Se essa greve pega mesmo, fico imaginando a quantidade de insepultos que passarão a circular pelo trânsito congestionado das ruas e avenidas de São Paulo com destino à Praça da Sé para reivindicarem seu sepultamento. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se isso acontecer, aqueles fantasmas que habitam os meandros do nosso serviço público têm que tomar cuidado, pois vai que, como no romance de Veríssimo, os mortos que já estão mesmo mortos resolvam botar a boca no trombone e revelar de vez onde estão escondidos todos os fantasmas desse nosso Brasil/Antares.</span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-38229639788145536652011-05-22T19:01:00.000-03:002011-05-22T19:01:58.802-03:00O “placar eletrônico” não deixa mentir<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfm7QsBZAt-3TabFzq5-uOpZTE19rTJ-6cDOPNYp_P8EHpnOykzdKsnNZPFn4PmOHDckyGhjka9ITTtt_Tilyx0UDGIYcdvJENAGMxcbyFDDNWw4SOEmH3W9WfWuFeIFvmT7LMjuWyIbdu/s1600/Verd%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfm7QsBZAt-3TabFzq5-uOpZTE19rTJ-6cDOPNYp_P8EHpnOykzdKsnNZPFn4PmOHDckyGhjka9ITTtt_Tilyx0UDGIYcdvJENAGMxcbyFDDNWw4SOEmH3W9WfWuFeIFvmT7LMjuWyIbdu/s320/Verd%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O fabuloso "Placar Eletrônico" do Teixeirão</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje tomei o meu café da manhã folheando a Veja. O </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">lead</i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> já está na capa da revista: </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Por critérios matemáticos os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo”.</i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> E mais: </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">“No ritmo atual, o Maracanã seria reaberto com 24 anos de atraso.”</i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> A matéria é assinada pelo jornalista Kalleo Coura.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ponto. Parágrafo. Também li o caderno de esportes do Diário de São Paulo, que deu capa para São Marcos com o título “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O tempo não para”,</i> ilustrado por duas fotos do atleta: cabeludo, quando chegara ao Verdão há 19 anos – quando nem sonhava que viria a ser reconhecido como São Marcos – e outra atual, careca e com fios de barba brancos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A reportagem de Veja lista 5 razões para todos os atrasos: <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1) – Escolha política das sedes<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2) – Não há quem cobre<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3) – Projetos malfeitos<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4) – O dinheiro não aparece<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">5) – Estão fazendo corpo mole<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bem, deixei para ler a extensa matéria mais tarde. O que importava mesmo no meu café da manhã era saber como estrearia o meu Verdão às 4 da tarde e as histórias do Marcão, que diz que se aposenta no final do ano.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Contei as horas até me postar em frente à TV e assistir a estréia alviverde no fabuloso Estádio Teixeirão, em São José do Rio Preto. Lembrei que perdemos apenas três partidas em 2011 e fomos a melhor defesa do Campeonato Paulista. Exceto por aquela partida (arhg) em Curitiba, o time beirou à perfeição, a par de ter um time – que todos sabemos – que não faz jus à nossa tradição de grandes elencos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bem, voltando à partida, ou melhor, ao Teixeirão, o placar somente foi acionado aos 19 minutos do segundo tempo por ele. Ele mesmo: o Gladiador, que completou os 100 jogos pelo Verdão e ganhou até uma camisa especial.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Passaram-se alguns minutos até que o “placar eletrônico” fosse acionado. Explica-se: as câmeras do SPORT TV flagraram o momento exato em que o funcionário responsável colava um n<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">úmero 1 </b>bem tosco com uma fita crepe no fabuloso “painel eletrônico” de última geração. Ele demorou para conseguir grudar. Para sua sorte, seu expediente terminou ali, pois o placar da partida não passou do 1x0.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um pouco mais adiante as câmeras flagraram novamente o kit placar do Teixeirão. A essa altura eu já estava com a minha câmera e registrei as latas de tinta e as cartolinas utilizadas pelo zeloso funcionário. É só conferir as fotos acima ou assistir à reprise do jogo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Voltando à Veja, de fato é difícil imaginar uma copa do mundo no país do futebol que ainda não conseguiu resolver problemas básicos no dia a dia dos campeonatos que organiza.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E vamos que vamos! O Brasileirão já começou e estamos lá. É só manter o Felipão como técnico, o Marcos Assunção para cobrar as faltas, o Gladiador para infernizar a defesa adversária e marcar golaços e o São Marcos para defender a nossa meta.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-55727998632912766722011-05-11T09:55:00.005-03:002011-05-11T12:03:47.333-03:00O mau exemplo do Bom Retiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkCwAbo_tMZku0tnb1AivctVROX89eubA4tZJWUJE63Wrv9TYT7gThcvBT9JQYU0MVdz5WFkgkIJRgpdeIp4MW5ekJFTzjmgHlAXMt9BfJbSBSFcp2NMKxtXklTEgK-rS2uKSIqxAQYPUH/s1600/Lixo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkCwAbo_tMZku0tnb1AivctVROX89eubA4tZJWUJE63Wrv9TYT7gThcvBT9JQYU0MVdz5WFkgkIJRgpdeIp4MW5ekJFTzjmgHlAXMt9BfJbSBSFcp2NMKxtXklTEgK-rS2uKSIqxAQYPUH/s400/Lixo.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos os dias por volta das 11 da manhã, invariavelmente, algum estabelecimento comercial coloca seu lixo em frente à sinagoga que fica na esquina das Ruas da Graça com a Lubavitch, no Bom Retiro.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o correr da tarde, o monturo só faz aumentar. Nos dias de chuva, nem é preciso relatar, o lixo vai bueiro adentro e, nos dias de vento, a sujeira se espalha pela rua. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na tarde da última segunda-feira (9), a meu pedido, o amigo Elias Gomes registrou com sua câmera a cena deplorável.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em tempo, o lixo só é recolhido no período noturno. Enquanto isso, clientes e moradores do bairro têm que fazer uma ginástica para desviar da desagradável visão.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda no período da manhã, uma viatura da polícia militar faz um plantão na mesma esquina. Outro dia eu e minha amiga Bia falamos sobre o lixo com o comandante daquele posto comunitário. Sua resposta foi surpreendente: “A gente não pode fazer nada. A comunidade é que tem fazer a denúncia à fiscalização da Prefeitura”. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um absurdo, pois nem a polícia ali de plantão intimida os porcalhões que estão dando um mau exemplo no Bom Retiro.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-69225803486829887362011-05-10T20:45:00.002-03:002011-05-11T12:03:14.405-03:00Urubu Malandrovsky<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXP-1XSz05JwmnLuaY9RktxGFiIXmu6g6qS-cfsxFebOYTHAvMomTbPRVimDWAXb2L1UdrLGR4cUsI1mWh-TlrqsglnlHvYK4BrWIGBqQQiewkS9fzxbfU0eMrCmRcqScQ69L27rDnS-2V/s1600/Urubu+03.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXP-1XSz05JwmnLuaY9RktxGFiIXmu6g6qS-cfsxFebOYTHAvMomTbPRVimDWAXb2L1UdrLGR4cUsI1mWh-TlrqsglnlHvYK4BrWIGBqQQiewkS9fzxbfU0eMrCmRcqScQ69L27rDnS-2V/s320/Urubu+03.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tchai não perde um ensaio da 5ª Sinfonia de Tchaikovsky</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“... Inhambu cantou lá na floresta</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o velho jereba fez-se ao ar </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sapo querendo entrar na festa </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Viola pesada pra voar </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Camiranga urubu mestre do vento </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Urubu caçador mestre do ar </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Urutau cantando num lamento </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pra lua redonda navegar...”</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se Tom Jobim estivesse vivo na certa escreveria um arranjo especial para o seu clássico <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boto</i> e regeria uma audição especial para Tchai. Quem é Tchai? Um urubu apreciador de música, sobretudo a erudita, de Tchaikovsky. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É sso mesmo que você acaba de ler. Se não acredita, clique neste link <a href="http://bit.ly/mzPzpt">http://bit.ly/mzPzpt</a> da ESPN e veja a bela matéria que o repórter André Plihal fez durante os ensaios da Orquestra Sinfônica de Heliópolis que tinha como público o Urubu, apelidado pelos integrantes da orquestra de Tchai, porque ele não perde os ensaios da segunda, quarta e sexta, sobretudo quando a orquestra ataca o velho e bom Tchaikovsky.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O maestro Edílson Ventureli comenta “não conheço no mundo um Urubu tão refinado, que gosta de frequentar ensaios de uma orquestra sinfônica, que gosta de ouvir música erudita. Que gosta de ouvir Tchaikovsky e Mozart."</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora que apareceu na TV, Tchai ficou ainda mais famoso. Tanto, que ganhou até uma página no Facebook. Se você quiser segui-lo é só digitar <strong>Urubu Tchai</strong>. Mas cuidado, faça uma revisão nas suas asas, porque como todo bom Urubu, Tchai voa alto... e, sempre, ao som da Quinta Sinfonia de Tchaikovsky.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-75844648187236520572011-04-24T13:43:00.007-03:002011-04-24T14:01:58.015-03:00Rio, congestionamento & bacalhau<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimXP0BR7JP404GDMUrBbeJ40hIF2lqabJuhaG8AyxIzZYFhSCPO-xi9QG2nY7WWu9Uon-krt-a73xjFgLr3_kxi2BrxaacXQodH7bHDL5BiFBH6681PnfpQndKrHpaK6jSg7bL0AR-87H2/s1600/Rio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimXP0BR7JP404GDMUrBbeJ40hIF2lqabJuhaG8AyxIzZYFhSCPO-xi9QG2nY7WWu9Uon-krt-a73xjFgLr3_kxi2BrxaacXQodH7bHDL5BiFBH6681PnfpQndKrHpaK6jSg7bL0AR-87H2/s320/Rio.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ontem, por volta da 18h30, peguei um congestionamento... na fila do delicioso RIO, de Carlos Saldanha, no Shopping Cidade Jardim. Antes de chegar à bilheteria dei muitas voltas no estacionamento para conseguir uma vaga. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
A intenção era comprar o ingresso para a sessão das 20h30 (em 3D com legendas) e visitar a deliciosa Livraria da Vila lá do Shopping. Ao chegar a nossa vez, só havia um lugar disponível. A moça disse que ainda havia lugar para a sessão das 19h10 (em 3D dublado).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Decidimos: vamos nessa. A gente visita a livraria depois. Apesar de dublado, o filme é maravilhoso. Uma viagem pelas lindas paisagens cariocas soberbamente desenhadas por Saldanha e sua equipe. Como a sessão era dublada, estava cheia de papais e mamães com seus pimpolhos. Mal começou a exibição e um deles soltou em alto e bom som: a arara só voa no final! Arrrghh. Lembrei-me de um amigo de Aparecida que saiu da sessão de Romeu e Julieta bravo, pois disseram para ele que os dois morriam no final.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje de manhã li no Facebook um post da amiga Rachel: “Trânsito no retorno a São Paulo. Parado já no km 64 antes de São Paulo! <span lang="EN-US">Traffic on the way back to SP. </span>Stopping at Km 64 from SP. HEEELP!!!!” Respondi para ela que o único congestionamento que peguei nestes quatro dias de São Paulo foi a do cinema narrado acima. Que delícia que é esta cidade para quem fica nela num fim de semana super prolongado. Ela se torna a cidade ideal para todos que a amam.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fiquei por aqui e acompanhei as notícias sobre os intermináveis congestionamentos que duraram 24 horas, apesar de a gasolina ter chegado à casa dos R$ 3 reais. Minha sobrinha foi para o Vale do Paraíba na quinta e ficou na estrada. Gastou 5 horas até Aparecida, distante 174 km da capital. Se houvessem os trens como antigamente ou como em todos os países civilizados do mundo, ela gastaria cerca de 2 horas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando cheguei a São Paulo ia e voltava para Aparecida no “Trem de Aço”. Adorava. Ia para o vagão restaurante e ficava contemplando a Mantiqueira e o Rio Paraíba. Quando ia ao Rio de Janeiro, pegava o trem das 11 da noite da sexta e voltava no domingo no mesmo horário. Comprava a cabine, dormia gostoso e acordava pronto para a praia, no Rio, e pronto para o trabalho na segunda de manhã, em São Paulo. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E ainda ficam discutindo a construção ou não do trem bala. Nem precisava dele. Bastava que reativassem o Trem de Aço na linha já existente. Mesmo que o trem gaste 10 horas até o Rio, vale a pena fugir dos caminhões, dos buracos e dos congestionamentos da Dutra. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Li também hoje no Estadão que estamos vivendo um “apagão” de combustíveis. Culpa do aumento da frota em circulação e da entressafra da cana. O álcool mais caro está fazendo todo mundo migrar para a gasolina. Na UOL, li que o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo. Um dos motivos, segundo Telmo Giolito Porto, professor de ferrovias da Poli, é a eficiência do metrô que atrai mais usuários. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah, li também sobre os congestionamentos nos aeroportos. Chegaaaaaaa! <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São 13h27. Ao acabar este post vou abrir um malbec de Mendoza e acompanhar Cláudia na cozinha. Ela sacou do seu livrinho de receitas uma especial para fazer um bacalhau na melhor tradição portuguesa. Eu cuidarei do arroz bem soltinho que, modéstia às favas, é uma das minhas especialidades. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu disse bacalhau à portuguesa? Bem, depois do almoço é só vestir as cores da Lusa e torcer para que o time do Canindé </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">despache o São Paulo e esperar que o meu Verdão faça o mesmo com o Mirassol para que, na semana que vem, a gente pegue o Corinthians. Mas esta é outra história para a gente preparar um outro almoço delicioso... sem congestionamento!</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-73659254632561638312011-04-23T13:14:00.002-03:002011-04-23T13:14:40.294-03:00Diga-me com quem andas 2: A Missão<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;">Fidelidade segundo o Dicionário Aurélio:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">1. Qualidade de fiel; lealdade. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">2. Constância, firmeza, nas afeições, nos sentimentos; perseverança. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">3. Observância rigorosa da verdade; exatidão. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Fidelidade segundo o Dicionário dos nossos Políticos:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">1. Verbete inexistente.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O recém criado PSD (Partido das Sobras do DEM?), criado pelo prefeito Gilberto Kassab, recebeu a filiação de 32 novos políticos. Mais da metade não sabe o significado de fidelidade partidária. Nos últimos três anos trocaram de legenda diversas vezes. O campeão da infidelidade é o deputado Junji Abe, de São Paulo, que já passou pelo PDS, PFL, PL, PFL, PSDB, DEM. Ao se filiar ao PSD, chega à sétima mudança de Partido. Imagino qual será a meta do parlamentar. Conseguir a nota DEZ?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Outros exemplos: Silas Câmara, do Amazonas, foi do PL para o PFL, PTB, PAN, PSC. José Carlos Araújo, da Bahia, circulou pelo PFL, PL, PR, PDT. Eliene Lima, do Mato Grosso, PDT, PSB, PP. O próprio Kassab começou no PL foi para o DEM e agora cria o seu partido. Resta saber se um dia ele irá abandoná-lo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os próprios nobres deputados decidiram, em 2007, que um político pode ser punido com a perda do mandato se abandonar sua legenda. Mas – sempre tem que haver um MAS – as trocas serão PERMITIDAS se o detentor do mandato provar que foi perseguido ou se houve descumprimento por sua legenda do programa ou estatuto... Ou – a opção do Kassab – se for criado um novo partido. Pronto. Isso significa que quem se bandear para esta nova sigla fica isento de eventuais processos na Justiça Eleitoral.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Será que quando os nobres políticos criaram essa regra levaram em conta o que pensaria o seu eleitor sobre essa infidelidade? É evidente que não. Definitivamente, a fidelidade partidária dos políticos não é a mesma de seus eleitores. Se eu voto no PXX, quero que o meu representante fique até o fim no PXX. Não quero que ele se bandeie para o PYY que pode não representar as mesmas ideias pregadas pelo PXX que ajudei a eleger. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Senhores nobres eleitores, hoje li que Gabriel Chalita deve se bandear para o PMDB para concorrer à prefeitura de São Paulo na próxima eleição. Como ficam seus eleitores – não é o meu caso – que o elegeram para representá-los no PSB? Traídos, é claro. Traídos? Ah, nobres eleitores, no dicionário dos políticos Fidelidade Partidária é verbete inexistente.</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-51740541720058400832011-04-18T15:25:00.002-03:002011-04-18T21:32:46.094-03:00Ladrão que rouba ladrão...<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEZLqbkP4Yj2h2YZFWmrzaE5SYywNkC5zhgtF9cLF6h-U1dsj8sjqEFZ7d23GUqfN3eAyACIp9icedEuBvtGdvZo2lzeDzoXg76QiJo5EsY-qVjLJKZXgS7CW5Lj9KFZ8n2Wz0XUZAN32o/s1600/take-the-money-and-run.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="215" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEZLqbkP4Yj2h2YZFWmrzaE5SYywNkC5zhgtF9cLF6h-U1dsj8sjqEFZ7d23GUqfN3eAyACIp9icedEuBvtGdvZo2lzeDzoXg76QiJo5EsY-qVjLJKZXgS7CW5Lj9KFZ8n2Wz0XUZAN32o/s320/take-the-money-and-run.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Assaltante Trapalhão</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> de Woody Allen</span></td></tr>
</tbody></table><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O título de uma notícia publicada nesta segunda na UOL me chamou a atenção: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ladrão é assaltado enquanto roubava carro em Porto Alegre</b>.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>Decupo aqui as cenas do inusitado assalto.</span></span> <br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cena 01: Um ladrão, munido de um 38, rende um casal. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cena 02: Quando ele se preparava para levar o Ecosport, um Prisma escuro – também roubado – se aproxima e três homens armados descem e abordam o casal e o ladrão azarado: Bá che, perdeste! </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cena 03: O trio leva o carro do casal e, de quebra, o instrumento de trabalho do colega de profissão que, assustado...</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cena 04: Foge a pé.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de ler sobre esse duplo assalto, lembrei-me do livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mas Será o Benedito?</i>, de Mário Prata. Nele, o escritor publicou expressões, provérbios e ditos populares. Uma delas a famosa: Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Prata conta que a frase é atribuída a Sir Francis Drake (1541-1596), cunhada durante a metade do século XVI. Apesar do "sir", era um grande pirata a serviço dos ingleses. Saqueava caravelas em pleno mar e desviava o roubo. Como as caravelas já levavam material roubado, ele inventou essa máxima para se eximir da culpa e limpar a barra da Inglaterra. Agia muito na América Central. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lembre-me também de uma a cena hilária do filme <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Um Assaltante bem Trapalhão</i> (Take the Money and Run, 1969), primeiro filme de Woody Allen – um falso documentário sobre a vida de Virgil Starkwell, de sua infância à prisão por roubo a banco, passando por sua educação moral e musical e seus problemas com mulheres.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Virgil/Allen e sua quadrilha planejam um roubo a um banco e quando entram e dão a voz de assalto, simultaneamente outra quadrilha solta o mesmo “é um assalto!”. A confusão do duplo assalto é resolvida com uma enquete feitas por Virgil com os clientes e funcionários do banco: “quem ser assaltado por minha quadrilha?” Noooooooo. “E pela outra? ”Yesssss”. Só mesmo na cabeça do Woody Allen.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para finalizar este post policial, lembrei também das minhas aulas de latim na USP com o querido professor Mendonça. Ele adorava trabalhar frases e expressões com seus alunos. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma delas: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Furem fur cognoscit </i>ou o ladrão conhece o ladrão... Menos em Porto Alegre, mestre Mendonça, onde, pelo ocorrido, os ladrões de lá estão contrariando esse dito secular. </span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-53517155332565186132011-04-17T11:27:00.001-03:002011-04-17T11:27:52.422-03:00BOLA DE GUDE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvsDmg7LicrfHXA_SWEOs-IXMTh3Gu8L-4vGRZmK5r8VMwQj5Ist0loeZDCgWLlRTtX3uFgynbxyFrl6uh7vR81aS0zQBPdYsQa08HnfopV07xB0_26lnwytg7ODGNzHxP1vNmHykrlu91/s1600/bola+de+gude+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvsDmg7LicrfHXA_SWEOs-IXMTh3Gu8L-4vGRZmK5r8VMwQj5Ist0loeZDCgWLlRTtX3uFgynbxyFrl6uh7vR81aS0zQBPdYsQa08HnfopV07xB0_26lnwytg7ODGNzHxP1vNmHykrlu91/s200/bola+de+gude+02.jpg" width="200" /></a></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Revisito a manhã</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">alva manhã<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">como nos tempos de menino -<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">pés descalços molhados da relva<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e a luz - tanta luz<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">refletindo diagonalmente<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">como um prisma<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a tua imagem distante:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">os teus lábios de mel proibidos<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> os teus olhos eternamente fugindo dos meus<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> as tuas mãos sempre dizendo adeus<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao revisitar menino, aquela distante manhã<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">encontro a lúdica bolinha de gude multicor<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">cigano, eu a transformo numa miniatura<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">de bola de cristal da bola de cristal<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">da cigana do circo<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">em seu cerne, vislumbro os dias ulteriores<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a essa distante manhã, da maneira que desejo:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> olha lá você, mulher, esguia, elegante<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> absoluta, radiante, iluminada, colorida,<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> linda, dona do meu futuro<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Volto da manhã<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">alva manhã<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">como nos tempos de adulto - <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">pés calçados de tanta incerteza<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e a luz - tanta luz<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">brilha em meus olhos ainda menino<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">neles a tua imagem bem mais real<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">da que imaginei lá no distante<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">À minha chegada, procuro atônito<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">no fundo do baú da infância<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a minha lúdica bolinha de gude multicor<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">necessito saber se ainda tenho o dom<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">de ver nas suas veias os dias ulteriores<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a esse futuro presente<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">onde espero ver-te ao meu lado -<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">nós dois eternamente meninos.</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-64859213070007399742011-04-14T21:13:00.006-03:002011-04-15T10:14:46.362-03:00Você já fez o seu Ctrl + Alt + Del hoje?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnJzeyECPuEfpKFyMl2uTu5aMqtnBnpl6I1wvo1FwDMSwdVPr8K8cPU7bsA2JpvjOr7RQqYPGnMYSW8NJhf1_WIskgBcBCr63hF8beaKp3M-e6eViEvh4KS-Cu1YG3LZ2pq3F9CJnjgtG9/s1600/Remington.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnJzeyECPuEfpKFyMl2uTu5aMqtnBnpl6I1wvo1FwDMSwdVPr8K8cPU7bsA2JpvjOr7RQqYPGnMYSW8NJhf1_WIskgBcBCr63hF8beaKp3M-e6eViEvh4KS-Cu1YG3LZ2pq3F9CJnjgtG9/s200/Remington.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A FADA SAFADA</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta semana a amiga Cristina me contou que o filhinho de uma amiga viu a máquina de escrever que a mãe tirou no fundo do baú durante uma arrumação num quarto das bagunças e soltou a pérola: “nossa mamãe, que legal! Onde está o monitor?”</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Filho, isso é uma máquina de escrever. Você coloca o papel aqui e vai datilografando”. “Nossa, que legal, mamãe! Não precisa de monitor e já vem com a impressora dentro.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta história me levou à minha juventude em Aparecida. O nosso sonho era fazer um curso na Escola de Datilografia da Professora América. A gente imaginava que o diploma de conclusão daquele curso super concorrido, que durava três meses, abriria todas as portas do nosso futuro.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu fiz. Um amigo meu não acredita que teve até formatura com paraninfo, pompa e circunstância no Umuarama Clube. Dona América juntava todas as turmas que iam se formando a cada trimestre e promovia aquela festança coletiva no final do ano. Não sei em qual gaveta do meu passado ficou perdido aquele diploma, mas ele foi importante para conseguir o primeiro emprego: apostileiro de um cursinho pré-vestibular. Se hoje eu sou super rápido na digitação (com todos os dedos), devo ao diploma da Escola de Datilografia da Professora América. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>ASDFG</b>. Lembro-me que do primeiro exercício em que tínhamos que datilografar <b>A FADA SAFADA</b>, com uma tábua cobrindo o teclado da velha Remington. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lembrei-me desta história ao ler hoje na UOL Tecnologia uma entrevista com David Bradley, o pai do Ctrl + Alt + Del. Ele é aposentado da IBM e durante 30 criou uma série de atalhos que a gente usa cotidianamente no computador e nem imagina quem perdeu horas pensando em como melhorar a nossa vida no mundo virtual. Quem quiser conferir é só clicar aqui: <a href="http://bit.ly/fNsHde">http://bit.ly/fNsHde</a>.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu disse clicar! E tem mais: Ctrl + Alt + Del, undo, deletar, resetar... Quantas palavras tivemos que incorporar ao nosso dia a dia depois que saltamos da velha máquina de escrever para os PCs, MACs e Ipads. O filinho da amiga da minha amiga se encantou com a velha máquina de datilografia tanto quanto outra criança que viu a mãe fotografando numa máquina analógica e queria ver na telinha como havia aparecido no clic. “Filho, essa não dá pra ver. Tem que mandar para um laboratório para revelar”. Revelar? Que verbo esquisito!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A mesma amiga Cris do começo deste post contou uma ótima. O marido da amiga dela mantém uma loja de televisores usados em Itapecerica da Serra. Um senhor chegou para adquirir um aparelho usado e disse: “Esta televisão tem feição ou só proseia?” A amiga me disse que a dela está neste estado: só proseia, não tem feição. Por isso, neste final de semana ela vai levar o aparelho para um técnico, pois não aguenta mais assistir só o proseio do Jornal Nacional, sem as feições do Bonner e da Fátima.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">PS: lembro-me de quando fui apresentado ao UNDO e fiquei encantado. Quando errávamos alguma coisa bastava dar um CTRL Z para voltarmos à ação anterior. Era tudo o que eu queria para a minha vida: uma tecla UNDO que eu pudesse apertar para corrigir os erros que cometi.</span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-12310976376330095772011-04-13T18:29:00.000-03:002011-04-13T18:29:11.814-03:00Um misto quente sem presunto<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ymvzRQwT13hrOjBfa_GqrKKb2PHlc4elUeFXRQU3ffS4Z0uXswmzXBKGbN6hZulYGtM3fgEkR0zMBVO4CkwTmSeHMEXVnOlkz_5Yv2z9POfra0yqvZ9HCQba9SEOUP6sWQMuyxPaeEx5/s1600/Pizza.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ymvzRQwT13hrOjBfa_GqrKKb2PHlc4elUeFXRQU3ffS4Z0uXswmzXBKGbN6hZulYGtM3fgEkR0zMBVO4CkwTmSeHMEXVnOlkz_5Yv2z9POfra0yqvZ9HCQba9SEOUP6sWQMuyxPaeEx5/s320/Pizza.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">É "pur pididu"</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As malas já estavam prontas para o retorno ao Brasil depois de um ano de pós-graduação na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Cláudia e Paula resolveram pedir uma pizza algumas horas antes do embarque. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Elas se lembraram que havia sido inaugurada uma nova pizzaria no bairro e que estavam com uma promoção incrível: quem comprasse uma pizza ganhava uma coca-cola de dois litros. Como havia muitos amigos, Cláudia ligou e pediu duas pizzas e, consequentemente, achou que levaria os dois refrigerantes da promoção. Ledo engano. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alô... é da pizzaria.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois sim. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu queria duas pizzas: uma de mussarela e outra de calabresa. Conforme a promoção eu ganho duas cocas, certo?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não, minha senhora, a promoção é “pur pididu”, disse a portuguesa do outro lado da linha.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cláudia insistiu: mas eu estou pedindo duas pizzas. Consequentemente tenho direito a duas cocas.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não, minha senhora. A promoção é “pur pididu”.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Está bom. Então me vê uma pizza de mussarela e a coca da promoção. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois não, qual o endereço?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cláudia desligou o telefone e ligou novamente: Alô... é da pizzaria. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Do outro lado a mesma voz: Pois sim. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu queria pedir uma pizza de calabresa e a coca da promoção. Pois não, qual o endereço?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Algum tempo depois as duas pizzas chegaram ao mesmo endereço acompanhadas de </span></span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">duas cocas... “pur pididu”.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A gente sempre ri quando comenta essa história e eu sempre me lembro de uma nota que li numa coluna de jornal daqui. Um brasileiro flagrou e fotografou um outdoor de uma campanha de um fabricante de sorvetes de lá: “Picolé só faz mal se você engolir o pau”. Genial.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas eu sou testemunha do serviço mais cartesiano que já vivi. Nos anos 80 eu trabalhava na matriz do Banco Itaú, na Rua Boa Vista. Quando eu perdia a hora, deixava para tomar o meu café da manhã na lanchonete que o banco mantinha no edifício somente para funcionários. O sistema dos “pididus” era por número e não havia no cardápio um correspondente ao meu predileto... <strong>queijo quente</strong>. Todos os dias eu fazia a graça com a garçonete. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por favor, me veja um queijo quente! </span></span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah, esse não tem. Então eu pedia um misto quente. Quando o sanduíche chegava, eu retirava todo o presunto. Repetia “meu pididu” todos os dias.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o passar to tempo, a moça foi ficando mais íntima e repetia com um sorriso cada dia mais largo: Ah, esse não tem... Ah, esse não tem. Ah, esse não tem. Ah, esse não tem... </span></span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até que um dia ela disse a frase mais incrível que eu pude ouvir naquela lanchonete: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que o senhor não pede um misto quente... sem presunto?<br />
</span></span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A frase quase me deixou atordoado e a ficha demorou alguns segundos para cair. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pode? Sim, pode! </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"></span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir daquele santo dia eu chegava e nem precisava pedir. A moça se adiantava: “o senhor vai querer um misto quente sem presunto?”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Simmmmmmmmmm!</span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-66078496277462630072011-04-11T18:37:00.006-03:002011-04-12T12:06:51.586-03:00O mundo sem nós... no Bom Retiro<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAFonZ6Z0fUdhkcPwR4TnJhevL0APrGaLfh76jvrF7aXxu1pEjf1y7-5EDtwf2OoJpsiBauPTJHR3Rl-9mSIq0Rw2FuQffmQ-it1RkJQY4PIsRRhp8QnzTo3nBOdi2rEVD6gfIRXR7fv0Y/s1600/Planta+04.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAFonZ6Z0fUdhkcPwR4TnJhevL0APrGaLfh76jvrF7aXxu1pEjf1y7-5EDtwf2OoJpsiBauPTJHR3Rl-9mSIq0Rw2FuQffmQ-it1RkJQY4PIsRRhp8QnzTo3nBOdi2rEVD6gfIRXR7fv0Y/s320/Planta+04.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A natureza resiste no Bom Retiro</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 2010, li o curioso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O mundo sem nós</i>, livro de Alan Weisman, professor associado de jornalismo da University of Arizona e especialista em livros científicos. O ponto de partida da obra é a premissa: o que aconteceria com o nosso planeta se todos os seres humanos fossem varridos de repente? Com a nossa ausência, o autor salta no futuro e vislumbra como a natureza destruiria – e em quanto tempo – tudo o que o homem construiu em milênios.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Embasado cientificamente, Weisman prevê, por exemplo, que grande parte da atual infra-estrutura do planeta começaria a ruir logo nos primeiros meses, pois esta exige muitas equipes para sua manutenção. Outro exemplo citado é o metrô de Nova York, que seria inundado no dia seguinte, pois os lençóis freáticos dos subterrâneos da cidade dependem de o homem apertar o botão para funcionar as bombas que impedem que isso ocorra.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas décadas seguintes, devido às intempéries, casas e edifícios comerciais desmoronariam e objetos banais como panelas de aço inoxidável poderiam durar milênios e o tormento dos plásticos que um dia o homem inventou permaneceriam intactos por centenas de milhares de anos, até que micróbios evoluíssem para consumi-los.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta semana <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O mundo sem nós</i>, veio-me à lembrança quando vi (e fotografei) a plantinha acima que insistiu em brotar no telhado de um prédio de quatro andares aqui no Bom Retiro, em frente ao edifício onde trabalho. Todos nós podemos imaginar como a semente foi parar lá, mas não como a planta conseguiu crescer naquele telhado tão inóspito e, sobretudo, como resistiu ao nosso verão de 2011, tão castigado pelo sol e pelas chuvas. Imagino como ela resistirá daqui para frente.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se a plantinha estivesse no livro de Weisman, com o passar dos anos, se tornaria uma frondosa árvore e engoliria o edifício do Bom Retiro.</span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2526464347423372507.post-46260541814106183312011-04-06T14:36:00.001-03:002011-04-07T12:05:07.340-03:00Diga-me com quem andas...<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Li hoje que no próximo sábado se juntarão em frente ao MASP, na Av. Paulista, organizações separatistas, militares extra-quartel, católicas radicais e grupos de extrema direita. O motivo? Um ato de apoio ao deputado Jair Bolsonaro, organizado pelo Ultra Defesa, um grupo de extrema direita comandado por um jovem de apenas 23 anos, que diz contar com 28 participantes e 30 simpatizantes.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa notícia chegou como um filme na minha cabeça. Começou lá na distante Alemanha nazista, passou pela Itália fascista, pela Espanha franquista e deu um pulo até a Marcha da Família com Deus pela Liberdade e o CCC dos anos de chumbo daqui. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A matéria diz que o Ministério Público e a PM irão acompanhar o ato para que a passeata não extrapole “os limites da manifestação de expressão”. O promotor Eduardo Valério, da área de Inclusão Social e Direitos Humanos do Ministério Público de SP, diz que a “Homofobia ainda não é crime, porque o projeto que tipifica isso como crime ainda não passou no Congresso Nacional.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Espero que essa afirmação do promotor não seja uma senha para que os organizadores deste triste ato extrapolarem os limites. Espero também que este ato não manche a história da Av. Paulista, um espaço tantas vezes utilizado pelos brasileiros para reivindicar a democracia, sobretudo quando ela estava mais frágil por culpa, entre outros, daqueles radicais de direita de triste memória.</span></span></div>Blog do Dirceuhttp://www.blogger.com/profile/05590588257344661449noreply@blogger.com0