domingo, 22 de maio de 2011

O “placar eletrônico” não deixa mentir

O fabuloso "Placar Eletrônico" do Teixeirão

Hoje tomei o meu café da manhã folheando a Veja. O lead já está na capa da revista: “Por critérios matemáticos os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo”. E mais: “No ritmo atual, o Maracanã seria reaberto com 24 anos de atraso.” A matéria é assinada pelo jornalista Kalleo Coura.

Ponto. Parágrafo. Também li o caderno de esportes do Diário de São Paulo, que deu capa para São Marcos com o título “O tempo não para”, ilustrado por duas fotos do atleta: cabeludo, quando chegara ao Verdão há 19 anos – quando nem sonhava que viria a ser reconhecido como São Marcos – e outra atual, careca e com fios de barba brancos.

A reportagem de Veja lista 5 razões para todos os atrasos:
1) – Escolha política das sedes
2) – Não há quem cobre
3) – Projetos malfeitos
4) – O dinheiro não aparece
5) – Estão fazendo corpo mole

Bem, deixei para ler a extensa matéria mais tarde. O que importava mesmo no meu café da manhã era saber como estrearia o meu Verdão às 4 da tarde e as histórias do Marcão, que diz que se aposenta no final do ano.

Contei as horas até me postar em frente à TV e assistir a estréia alviverde no fabuloso Estádio Teixeirão, em São José do Rio Preto. Lembrei que perdemos apenas três partidas em 2011 e fomos a melhor defesa do Campeonato Paulista. Exceto por aquela partida (arhg) em Curitiba, o time beirou à perfeição, a par de ter um time – que todos sabemos – que não faz jus à nossa tradição de grandes elencos.

Bem, voltando à partida, ou melhor, ao Teixeirão, o placar somente foi acionado aos 19 minutos do segundo tempo por ele. Ele mesmo: o Gladiador, que completou os 100 jogos pelo Verdão e ganhou até uma camisa especial.

Passaram-se alguns minutos até que o “placar eletrônico” fosse acionado. Explica-se: as câmeras do SPORT TV flagraram o momento exato em que o funcionário responsável colava um número 1 bem tosco com uma fita crepe no fabuloso “painel eletrônico” de última geração. Ele demorou para conseguir grudar. Para sua sorte, seu expediente terminou ali, pois o placar da partida não passou do 1x0.

Um pouco mais adiante as câmeras flagraram novamente o kit placar do Teixeirão. A essa altura eu já estava com a minha câmera e registrei as latas de tinta e as cartolinas utilizadas pelo zeloso funcionário. É só conferir as fotos acima ou assistir à reprise do jogo.

Voltando à Veja, de fato é difícil imaginar uma copa do mundo no país do futebol que ainda não conseguiu resolver problemas básicos no dia a dia dos campeonatos que organiza.

E vamos que vamos! O Brasileirão já começou e estamos lá. É só manter o Felipão como técnico, o Marcos Assunção para cobrar as faltas, o Gladiador para infernizar a defesa adversária e marcar golaços e o São Marcos para defender a nossa meta.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O mau exemplo do Bom Retiro



















Todos os dias por volta das 11 da manhã, invariavelmente, algum estabelecimento comercial coloca seu lixo em frente à sinagoga que fica na esquina das Ruas da Graça com a Lubavitch, no Bom Retiro.

Com o correr da tarde, o monturo só faz aumentar. Nos dias de chuva, nem é preciso relatar, o lixo vai bueiro adentro e, nos dias de vento, a sujeira se espalha pela rua. 

Na tarde da última segunda-feira (9), a meu pedido, o amigo Elias Gomes registrou com sua câmera a cena deplorável.

Em tempo, o lixo só é recolhido no período noturno. Enquanto isso, clientes e moradores do bairro têm que fazer uma ginástica para desviar da desagradável visão.

Ainda no período da manhã, uma viatura da polícia militar faz um plantão na mesma esquina. Outro dia eu e minha amiga Bia falamos sobre o lixo com o comandante daquele posto comunitário. Sua resposta foi surpreendente: “A gente não pode fazer nada. A comunidade é que tem fazer a denúncia à fiscalização da Prefeitura”.

Um absurdo, pois nem a polícia ali de plantão intimida os porcalhões que estão dando um mau exemplo no Bom Retiro.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Urubu Malandrovsky

Tchai não perde um ensaio da 5ª Sinfonia de Tchaikovsky

“... Inhambu cantou lá na floresta
E o velho jereba fez-se ao ar
Sapo querendo entrar na festa
Viola pesada pra voar

Camiranga urubu mestre do vento
Urubu caçador mestre do ar
Urutau cantando num lamento
Pra lua redonda navegar...”

Se Tom Jobim estivesse vivo na certa escreveria um arranjo especial para o seu clássico Boto e regeria uma audição especial para Tchai. Quem é Tchai? Um urubu apreciador de música, sobretudo a erudita, de Tchaikovsky.

É sso mesmo que você acaba de ler. Se não acredita, clique neste link http://bit.ly/mzPzpt da ESPN e veja a bela matéria que o repórter André Plihal fez durante os ensaios da Orquestra Sinfônica de Heliópolis que tinha como público o Urubu, apelidado pelos integrantes da orquestra de Tchai, porque ele não perde os ensaios da segunda, quarta e sexta, sobretudo quando a orquestra ataca o velho e bom Tchaikovsky.

O maestro Edílson Ventureli comenta “não conheço no mundo um Urubu tão refinado, que gosta de frequentar ensaios de uma orquestra sinfônica, que gosta de ouvir música erudita. Que gosta de ouvir Tchaikovsky e Mozart."

Agora que apareceu na TV, Tchai ficou ainda mais famoso. Tanto, que ganhou até uma página no Facebook. Se você quiser segui-lo é só digitar Urubu Tchai. Mas cuidado, faça uma revisão nas suas asas, porque como todo bom Urubu, Tchai voa alto... e, sempre, ao som da Quinta Sinfonia de Tchaikovsky.