Eu sou mesmo persistente
E mesmo que alguém tente
Me desmoronar:
Sou castelo de pedra,
Sou um príncipe valente,
Sou o princípio da corrente.
Olha que eu sou capaz
De estourar os miolos,
De quebrar os tijolos na cabeça,
Na cabeça de pensar,
Na cabeça de usar chapéu.
Eu sou mesmo inconsequente
E mesmo que alguém tente
Me endireitar:
Sou cadeira de ferro,
Sou um trem no trilho,
Sou aquele pródigo filho.
Olha que eu sou capaz
De desacatar as vidas
De sorrir das feridas na cabeça
Na cabeça de pensar
Na cabeça de usar chapéu.
Burro chucro, doma a vida.
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Quero um estetoscópio azul
Para auscultar o coração de um rei.
Hei de descobrir nas batidas
O porquê de ele ditar a lei.
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