Se De Gaulle tivesse dito mesmo esta frase, atribuída a ele – mas que a diplomacia francesa sempre insistiu ao longo da história em desmentir veementemente – estaria coberto de muitas razões. Uma delas: se o general estivesse vivo e assistisse à posse dos novos deputados nesta terça em Brasília cunharia definitivamente a mais famosa frase que o disse-que-disse disse que ele disse e não disse: O Brasil não é um país sério.
Vamos à escalação! A nova Câmara dos Deputados vai de: Danrlei de Deus no gol (espero que ele não dê uma voadora em nenhum nobre colega), Acelino Popó Freitas (que promete boxear com o Suplicy), Romário lá na frente (bem depois das duas da tarde, sem treinar muito), Jean Wyllys (ex-BBB, que vai fazer lá não sei o quê), e ele, o fenômeno: Tiririca (que chegou pleiteando um lugar na comissão de Educação e Cultura). Timaço.
Ah, não podemos nos esquecer dos novos talentos, que têm muito futuro na política: Garotinho, Paulo Maluf, ACM Neto, Sarney Filho, Esperidião Amin... e também dos “filhos de”. Sim o novo timaço conta com os famosos herdeiros de nome, sobrenome & política. Vamos lá: Renan Filho, (Renan Calheiros), Zeca Dirceu, (José Dirceu), Gabriel Guimarães (Virgílio Guimarães), até Ratinho Junior (filho do próprio) integra o escrete.
Não podemos nos esquecer das filhas, como Jaqueline Roriz (de Joaquim Roriz) e Bruna Furlan (e Rubens Furlan, prefeito de Barueri). Bem estes são, evidentemente, alguns exemplos. Vamos parar por aqui, não sem antes lembrar que José Sarney foi eleito pela quarta vez presidente do Senado (quanto tempo falta para a aposentadoria? Ela não poderia ser compulsória já?).
Depois de ler tudo sobre a cerimônia de posse na internet, deu uma preguiça. Lembrei do período eleitoral e das fabulosas campanhas na telinha, que elegeu a maioria deste nobre time que irá cuidar do destino deste Brasil nos próximos quatro anos.
Lembrei também que sempre, ao final de um mandato, todo mundo comenta sobre o fraco desempenho da maioria dos deputados daquela gestão: este nunca mais ganha uma eleição; ou nunca mais voto naquele; ou ainda, precisamos renovar a Câmara; etc etc etc. É só começar um novo processo eleitoral que uma boa campanha de marketing apaga da memória dos eleitores todas estas discussões e lá vem o escrete novamente para mais quatro anos.
Ah, depois de tudo isso, foi inevitável me lembrar da famosa frase de De Gaulle. E é com ela comecei e termino este post: "Le Brésil n´est pas un pays sérieux".
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