Antes do jogo no domingo caí na besteira de postar no meu Facebook: “Sou Palmeirense desde pequenininho, porém pela primeira vez estou preocupado com o jogo de hoje. Se o meu verdão ganhar daquele time rival, coitada daquela nação. A casa cai de vez.”
Tão logo o jogo acabou lá veio a enxurrada de comentários em cima do meu comentário infeliz. Fiz a graça porque tinha toda a certeza do mundo que o líder verdão daria uma surra no rival. Toda a certeza? Humm, eu deveria ter me lembrado da máxima da máxima do futebol que diz: o futebol é uma caixinha de surpresas ou para quem não entende português, a little box of surprises.
Deveria ter me lembrado, sobretudo, do meu post de dezembro neste blog (http://dirceurodrigues.blogspot.com/2010/12/tout-puissant-mazembe.html), quando o desconhecido Mazembe, do Gongo, eliminou o Internacional, de Porto Alegre, no Mundial de Clubes, contrariando os prognósticos dos doutores em futebol e reforçando a máxima da caixinha.
Esta semana está sendo profícua para falar de futebol. No sábado, assisti ao amistoso de despedida da Marta entre a equipe feminina do Santos e a seleção da Coréia. A Band transmitiu e ex-jogador Denílson foi o comentarista do jogo. Lá pelas tantas ele solta a pérola: “Se eu fosse a Marta, "trairia" o jogo para o meio de campo". Passados alguns minutos, ao perceber a besteira que havia dito, tentou se corrigir e se enrolou ainda mais para tentar pronunciar a palavra “traria”.
O mesmo Denílson respondeu a uma pergunta do telespectador na derrota do Brasil para a Argentina no domingo à noite. Pergunta: “Com um homem a menos (o zagueiro Juan havia sido expulso logo no começo do jogo), aumenta a responsabilidade do Neymar?” Resposta: “Aumenta, é claro... para nós telespectadores, porque no campo a responsabilidade é igual para todos os jogadores.” Brilhante comentário.
O Diário de São Paulo publicou na capa da edição desta quarta-feira uma foto de Adriano com uma caneca de chope na mão. Abaixo o brilhante título: Imperador chega ao Rio e já começa “tratamento”. Na madrugada, enquanto o jornal estava nas rotativas, Adriano era parado por uma blitz. O imperador se recusou a fazer o teste do bafômetro. Perdeu a carteira de motorista e irá pagar a multa – uma merreca para ele – de R$ 957,70. Esta matéria estava de manhã nos sites daqui e de toda a Itália.
Outra notícia saborosa do caderno de esportes do Diário foi sobre as lesões de nomes exóticos dos jogadores do Verdão. O título é Parece até vodu. Edmundo teve problemas no músculo poplíteo do joelho direito; Figueroa, uma periostite femural; Pierre, uma fastite plantar; Valdívia, uma fibrose na coxa direita; e Dinei, no último domingo, sofreu uma fratura no rebordo posterior do acetábulo direito. Como esses nomes todos esquisitos, a matéria sugere que o Verdão troque sua equipe médica pela do Doutor House.
Para finalizar esta quase coluna esportiva, resta lembrar que na quinta passada, um dia após a posse, o nobre deputado Romário foi flagrado na praia da Barra da Tijuca jogando futevôlei. Bem, aí o nobre deputado contraria a máxima. Romário na praia jogando futevôlei – todos nós sabemos – não é a little box of surprises.
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