Analu clicada pelo padrinho Gustavo |
Hoje abri o blog da sobrinha (http://novavelhaestoria.blogspot.com/2011/01/volver.html) e li o post post travel, que reproduzo aqui:
“(tem que saber que eu quero é correr mundo, correr perigo)
é tão estranho chegar e mais estranho ainda partir.
porque parece que viver é se enfiar nas escolhas até seu caminho ficar um só que até sufoca.
e viajar é voar. é olhar para o céu e se sentir pequeno ou mergulhar e ter medo da imensidão do mar. viajar é presente, é esquecer o porvenir. sempre o porvenir.
acho que escolho mergulhar todos os dias, nadar no sentido contrário do mundo.
não me enfiar, me soltar. voar.”
Ana Luísa querida, depois de ler esse seu post lembrei de um poema que fiz há muito tempo chamado Re-evolução (vou manter o título, pois ele foi criado antes da reforma ortográfica). Incrível, mas tem tudo a ver com as tuas palavras:
RE-EVOLUÇÃO (8 de dezembro de 2001)
É sempre bom voltar
Mesmo que não se tenha partido
Mesmo que não se goste de partir
Mas partimos sempre
Quantas vezes partimos
Deixando-nos à deriva
Tornando-se irreconhecível
o nosso redor
Então, acontece o vazio
Não nos achamos e nos perdemos
Cada vez mais
Nesta hora avaliando nossa vida
Descobrimos uma palavra: MATURIDADE
É ela que vai nos mostrar
O caminho de volta
Mesmo que, quando voltarmos
Não seja mais aquele
O nosso lugar.
É isso querida, divido os nossos blogs com todos os nossos leitores e como disse Bandeira em seu sublime Lua Nova: “todas as manhãs o aeroporto em frente me dá lições de partir. Hei de aprender com ele a partir de uma vez. Sem medo, sem remorso, sem saudade."
PS: não resisti em ilustrar este post com a sua foto que dormiu na minha gaveta de recordações durante todos estes anos. O clic é do teu padrinho Gustavo que um dia também partiu por esse mundão.
Ah, tio.
ResponderExcluirNão tenho nem palavras, só sorrisos.
Viajar foi muito bom. Bom pra conseguir voltar. Depois te mando um e-mail contando os detalhes, mas posso dizer que no Caribe estão mesmo as "praias mais belas e mais tristes do mundo", como disse o Gabo em um conto. Foi realmente fascinante conhecer esse realismo mágico que não é tão mágico assim - a magia de todos os dias. É muito Brasil, é muito nosso.
Adorei seu poema e o do Bandeira que eu não conhecia.
Beijos amigo de blog! rs
Ps.: Eu nunca vou conseguir me desapegar dos hífens!