Estrada Real: uma estrada vazia e sem pedágios. |
... Qualquer dia a gente se vê, sei que nada será como antes, amanhã...
Depois de três semanas de férias entre Natal e a primeira semana de janeiro, a reentrada na atmosfera foi bastante traumática. A volta ao trabalho e aos congestionamentos, acentuados pela intensa chuva deste início de ano em São Paulo, fizeram com que eu empurrasse para hoje o relato final da viagem. Mesmo porque o blog continua e outros assuntos tomarão o lugar da aventura mineira. Vamos lá então pegar a reta final, quando nós botamos o pé na estrada com o Nada Será Como Antes, de Milton e Ronaldo Bastos, rumo ao nosso cotidiano em Sampa.
No nosso último dia em Tiradentes – domingo, 2 de janeiro – reservamos nosso tempo conferir os últimos locais que havíamos anotado para conhecer. O atelier da artista plástica Lyria Palombini foi um deles. Cláudia já conhecia o trabalho da artista há mais de 20 anos. Ficamos lá um bom tempo admirando o irretocável e belo trabalho da artista, especializada em xilogravuras. Trouxemos algumas gravuras para nossa casa. No resto do tempo, corremos as lojas de artesanato e também da chuva que não deu trégua.
Lá pelo meio da tarde a cidade começou a se esvaziar de turistas e então ficou muito mais agradável caminhar por suas ruas sem aquele monte de carro pra lá e pra cá. Aliás, não entendo o porquê de as pessoas circularem tanto de carro pela pequena Tiradentes. Voltamos para a Villa Paolucci no início da noite para fazer as malas, abrir o vinho e chamar a pizza. Nessa ordem. Com tudo pronto, deixamos de fora apenas as roupas que usaríamos na viagem de volta no dia seguinte.
Após o café da manhã da segunda, 3, ligamos corretamente o GPS para fazer o caminho de volta para São Paulo pela mesma roda da vinda. Embora o caminho seja mais curto, decidimos não voltar pela Fernão Dias para não ter que enfrentar o estresse de dirigir na chuva ao lado de caminhões, ônibus e muito carro. A nossa Estrada Real, embora com mão dupla, é bem vazia e a paisagem é linda.
Paramos para almoçar no Cavalo de Ferro, em Pouso Alto. Aquele simpático restaurante-café-loja-de-artesanato onde paramos na ida para um café. Lá estava a espanhola Rosário. Sugeriu o cardápio e, enquanto a cozinha trabalhava, falou muito sobre sua vida, sua Madrid e sobre o seu simpático estabelecimento. Após o almoço, nos abastecemos de queijos, doces e pimentas e voltamos para os últimos quilômetros da Estrada Real. Havíamos decidido fazer um pit stop em Aparecida para ver a família, tomar um café e descansar um pouco até pegar a Dutra rumo a São Paulo.
Chegamos em Aparecida por volta das três. Depois cumpridas as visitas familiares, tomamos o rumo de casa. Um dos prazeres de toda viagem é a chegada em casa, ao computador, aos livros, filmes e discos. É como chegar à terra firme depois de tanto navegar.
Faltou dizer que dirigimos por cerca de 1.300 quilômetros entre Aparecida e Ouro Preto. Meu leitor consegue imaginar por quantos pedágios passamos? Se disser NENHUM acertou em cheio. Já no trajeto Aparecida-São Paulo, o motorista tem que pagar cinco pedágios na ida e cinco na volta. Em junho fui para Viradouro, pouco pra lá de Ribeirão Preto, distante 422 quilômetros de São Paulo. Passei por 18 pedágios e gastei um total de R$ 114,00. Não entendi porque em Minas Gerais você anda 1.300 quilômetros e não paga nada. Mistério.
Paga-se sim, meu caro Dirceu! Bastante impostos... Como se não bastassem os impostos em SP, ainda tem os pedágios... Espero que não ocorra isso por aqui em Minas. Creio que é papel do governo cuidar das estradas, já que a nossa carga tributária é tão absurda!
ResponderExcluirAbraços