Da minha janela no décimo oitavo andar não vejo o Corcovado, o Redentor. À esquerda, meus os olhos capturam uma nesga da USP, outro tantinho do Instituto Butantã, uma panorâmica da Marginal Pinheiros, lá no fundo, e Av. Vital Brasil, lá em baixo... completamente parada todo santo dia. Ônibus, carros e motos se movimentam a passos paquidérmicos pelos poucos mais de 1 quilômetro da avenida em 15/20 minutos até a Francisco Morato.
Ah, esqueci de dizer que da minha janela também vejo a Estação Butantã, do Metrô. A mídia informou ontem que a Linha Amarela do Metrô continua em “operação assistida”, sabe-se lá até quando. O trecho Largo da Batata-Paulista funciona desde março apenas das 9h às 15. Prometeram as estações Pinheiros e Butantã para setembro e a integração ao horário integral para novembro. As matérias informam ainda que as inaugurações somente para o ano que vem. A data? Nem o Metrô nem o consórcio ViaQuatro, que opera a linha, informam.
Arghhhhhhhh! Trabalho no Bom Retiro. A minha rotina de transporte é a seguinte: um ponto de ônibus ao lado da minha casa me leva até a Estação do Largo da Batata. Bem, isso seria o lógico. Há muito tempo desisti. Todos os dias caminho pela Vital Brasil até o último ponto, próximo à Francisco Morato. É óbvio, chego mais rápido do que todo aquele trânsito modorrento. Lá eu pego qualquer ônibus que me leve até a Teodoro Sampaio ou a Pinheiros e me irrito com um dos muitos erros cometidos por aqueles que planejam o transporte nesta cidade: não existe nenhum ponto de ônibus em frente à estação do Metrô. Os passageiros a veem passar pela janela, são despachados lá longe e têm que voltar dois quarteirões para poder embarcar.
Bem, voltemos ao meu transporte para o Bom Retiro: embarco no Largo da Batata, troco de linha na Consolação, no Paraíso e, finalmente, chego à Estação Tiradentes, de onde caminho por três quarteirões até a Rua Três Rios. Essa rotina custa entre 40 e 50 minutos da minha manhã. Se a estação Butantã já estivesse pronta o tempo diminuiria em, pelo menos, 20 minutos.
Ah, tem o caminho de volta. Não posso deixar de dizer. Como a Linha Amarela não funciona à noite, a volta pra casa gira em torno de 1h/1h20. Todos os dias, exceto, é claro, às sextas-feiras, às véspera de feriados ou quando chove, pois aí... bem, nem preciso falar, todos nós sabemos o que significa ficar parado no caótico trânsito nosso de cada dia.
Qual a solução até o trem chegar finalmente à minha estação? Um fonezinho no ouvido com o Tom Jobim cantando: “Da janela vê-se o Corcovado, o Redentor... que lindo”.
A-DO-REI! Você sempre com belas frases de efeito, poesia pura.
ResponderExcluirDa janela da minha casa, só o pôr-do-sol vale a pena. Veja apenas o dos finais de semana, quando os tem e quando estou em casa. Mas todos os dias tem passarinhos no jardim do prédio e o ruído de crianças indo para a escola toda manhã. Curto à beça.
Da janela do meu trabalho, vejo o vale. Não o do Paraíba, nossa terrinha. Mas o do Anhangabaú, com o mastro e a bandeira nacional imeeeeensa bem à minha frente. É patriótico!
Beijo.
Ah, vou colocar o seu blog no meu Bom de Pauta!
Mr Z.
ResponderExcluirDa minha janela no trabalho
Vejo o Minhocão desassistido
Amaral Gurgel correndo em baixo
Sirenes roucas e céu de vidro